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sábado, 7 de fevereiro de 2015

Manuel Alegre

Manuel Alegre
"O Canto e as Armas"
MANUEL ALEGRE de Melo Duarte nasceu em Águeda a 12/5/1936. Em 1956 foi caloiro na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Em 1961 foi chamado a cumprir serviço militar e no ano seguinte mobilizado para Angola onde esteve no epicentro da guerra colonial e foi preso pela PIDE em 1963. Regressado a Portugal, foi-lhe fixada residência em Coimbra.
Em 1964 exilou-se em Paris, daí demandando Argel onde foi locutor da emissora de rádio «A Voz da Liberdade». Entretanto os seus livros «Praça da Canção» (1965) e «O Canto e as Armas» (1967) são apreendidos pela Censura, mas cópias manuscritas ou dactilografadas circulam clandestinamente. Poemas seus cantados por Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire e Luís Cília, tornam-se bandeiras da contestação ao regime. Reconhecido além fronteiras, é o único português incluído na antologia «cent poemes sur l exil», editada pela Liga dos Direitos do Homem, em França (1993). Em Abril de 2010, a universidade de Pádua (Itália) inaugurou a cátedra Manuel Alegre destinada ao estudo da língua, literatura e cultura portuguesas. Pelo conjunto das suas obras recebeu, entre outros, o Prémio Pessoa (1999) e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1998).
O executivo municipal de Coimbra atribuiu ao parque da margem esquerda do rio Mondego, junto à ponte de Santa Clara, o nome do seu primeiro livro: Praça da Canção. «O CANTO E AS ARMAS» é o segundo livro de poemas de Manuel Alegre no exílio e publicado em primeira edição
no ano de 1967. Nele, o autor acentuou a poesia de combate, cantada pelos intérpretes da música de resistência à ferocidade do regime autocrático  que vetava a sua difusão: Que o poema seja microfone e fale / Uma noite destas  de repente às três e tal / Para que a lua estoire e o sono estale / E a gente acorde finalmente em Portugal. Contudo, um perfume lírico e romântico perpassa pelos versos rebeldes: ...O Manel gosta da Maria do Brás /Onde é que estão os republicanos / E a Maria do Brás que ficou sempre menina / Dentro de mim em Águeda há vinte anos?. Prates Miguel

"O Canto e as Armas"

MANUEL ALEGRE
Centelha
144 pp.

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