AICAL

AICALivros é uma revista on line da Associação de Investigação e Cultura dos Açores / Leiria – AICAL – que nasceu em 2008 com o objectivo de promover a Cultura e a História
dos Açores e do Distrito de Leiria. Está a constituir uma Biblioteca, com 7200 duzentos volumes e milhares de outros elementos. Com esta página a AICAL pretende essencialmente
promover aqueles que parecem esquecidos – LIVROS e ESCRITORES. Os interessados em divulgar os seus livros nesta página devem contactar aicalivros@gmail.com

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Gustavo Sampaio

Gustavo Sampaio
Os Privilegiados

Sinopse
Dos 230 deputados à Assembleia da República, 117 estão em regime de part-time, acumulando as funções parlamentares com outras atividades profissionais no setor privado. Advogados, juristas, médicos, engenheiros, consultores, empresários, etc. Em diversos casos, prestando serviços remunerados a empresas que operam em setores de atividade fiscalizados por comissões parlamentares que os mesmos deputados integram. Ao que se acrescem as ligações a empresas (cargos de administração, participações acionistas, serviços de consultoria, etc.) que beneficiam de iniciativas legislativas, subsídios públicos ou contratos adjudicados por entidades públicas visando a execução de obras, o fornecimento de produtos ou a prestação de serviços. Conflitos de interesses? Dezenas de exemplos concretos são apresentados nas páginas deste livro. Dos corredores do poder político para as salas de reunião dos conselhos de administração, e demais órgãos sociais, das maiores empresas portuguesas, com ou sem período de nojo. Um fluxo recorrente entre cargos públicos e privados. Das 20 empresas cotadas no índice PSI 20, por exemplo, 16 contam com ex-políticos em cargos de administração. Por vezes são ex-governantes que decidiram sobre matérias que implicam as empresas para as quais vão depois trabalhar, ou até administrar. Sabia que as subvenções vitalícias dos políticos foram criadas numa altura em que Portugal estava sob assistência financeira do FMI? Que foram alvo de um veto presidencial? Que duplicam de valor quando o beneficiário alcança os 60 anos de idade? Que apesar de terem sido revogadas há 8 anos, o número de beneficiários continua a aumentar? Que a identidade dos beneficiários passou a ser secreta? Ou que há políticos que a requereram com idade inferior a 50 anos? Pedro Passos Coelho prometeu que iria fazer nomeações com base no mérito e não nas ligações partidárias. Apesar da maior transparência, as 142 nomeações com ligações partidárias para altos cargos dirigentes na Administração Pública, identificadas neste livro, demonstram que os boys continuam a ser favorecidos. O jornalista Gustavo Sampaio traz-nos um livro revelador, onde depois de uma exaustiva e rigorosa pesquisa, apresenta-nos as zonas cinzentas entre o interesse público e privado, e faz as ligações que nos permitem perceber como políticas e ex-políticos gerem interesses, movem influências e beneficiam de direitos adquiridos.

Gustavo Sampaio (Coimbra, 1982) é licenciado em Jornalismo (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), pós-graduado em Direitos Humanos (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra) e mestrando em Ciência Política e Relações Internacionais (Universidade Católica Portuguesa). Foi locutor e realizador de programas na Rádio Universidade de Coimbra. Trabalhou nas redacções do jornal O Independente e da revista Sábado. É jornalista freelancer, com artigos publicados em diversos órgãos de comunicação social: Público, Exame, Bodyspace, Umbigo, entre outros. É autor do livro Os Privilegiados (A Esfera dos Livros, 2013), em 8.ª edição.

Os Privilegiados
GUSTAVO SAMPAIO
A Esfera dos Livros
248 pp.

Júlia Guarda Ribeiro

Júlia Guarda Ribeiro
Contos temperados

A autora dedica aos seus netos e aos de todas as avós deste país em crise, este livro que classifica de "fugaz fagulha de graça e livre de impostos".
Júlia Guarda Ribeiro, professora, agrupou as suas narrativas em cinco capítulos temáticos: Treze contos burlescos; O melhor do mundo são as crianças; Coisas de alunos; Pequenas memórias e Estórias do Camané.
Numa escrita transparente e sem floreados inúteis, a narradora propôs-se e conseguiu com mestria aliviar o estresse do leitor apresentando-lhe contos breves, alguns, meros episódios do quotidiano cinzento e outros, quase fotos instantâneas. Mas todos têm a virtualidade de desafiar uma irreprimível gargalhada, mercê do insólito, da ironia, do inesperado, da inocência, do absurdo, do veneno, que viajam pelas páginas do livro.
Um trabalho onde a grandeza das coisas simples nos toca e contagia, ora pela ternura, ora pela curiosidade, ora pela surpresa.
Prates Miguel

Contos temperados
JÚLIA GUARDA RIBEIRO
Folheto Edições
164 pp.

Alda Maria Fernandes

Alda Maria Fernandes
A Força da Luta pela Liberdade

Só por si e por de tal modo sugestivo, o título do romance já é bandeira simbólica de uma causa tão fundamental como o ar que se respira: a liberdade de pensamento e expressão.
Num enredo urdido na experiência pessoal e talhado na ficção, a autora escora-se em factos da vida real que os leitores maduros, se os não testemunharam, pelo menos deles tiveram notícia, enquanto que para os mais novos eles são uma curiosidade a confirmar pelo retrovisor do tempo.
Açoriana micaelense, Alda Maria Fernandes frequentou o liceu de Ponta Delgada e em 1967 arribou ao continente como bolseira, tendo concluído a licenciatura em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
Nessa época – e a geração coeva bem se recorda – a ditadura de inspiração fascista governava com mão de ferro um país marcado pela clamorosa assimetria social e económica, onde pequenos deuses caseiros e seus caciques sugavam o suor de um povo de brandos costumes que sofria as passas de todos os algarves.
Nos campos e nas fábricas, assalariados rurais e operários eram vítimas indefesas da gula e da rapina de latifundiários e patrões.
Na guerra colonial desencadeada em 1961 pelos Movimentos de Libertação indígenas nas então denominadas províncias ultramarinas, a nossa tropa era dizimada na flor da vida ou de lá voltava estropiada e traumatizada. Enquanto isso, Salazar e depois Marcelo Caetano recusavam uma solução política para o conflito, faziam ouvidos de mercador aos apelos da comunidade internacional e declaravam-se "orgulhosamente sós" num Portugal virtualmente soberano desde o Minho até Timor.
Devido à hemorragia da emigração "a salto" para França e Alemanha, a nação agonizava na cauda da Europa, sem oportunidades nem horizontes.
As universidades (Lisboa, Porto e Coimbra) eram inatingíveis aos filhos de camponeses e artífices e nelas era debitado da cátedra um ensino escolástico, nada pragmático nem virado para o mercado de trabalho dos futuros licenciados.
A Censura castrava a informação na imprensa, rádio e televisão, como apreendia nas livrarias obras editadas por intelectuais rebeldes.
A polícia política (PIDE/DGS) perseguia, detinha, espancava, torturava, encarcerava e matava sem dó nem piedade qualquer cidadão suspeito de oposição à política oligárquica do Estado Novo. Por seu turno a guarda nacional republicana (GNR) reprimia e desmobilizava com cavalos, balas e bastões, qualquer foco de agitação laboral, quer os alvos fossem uma ceifeira em Baleizão ou um vidraceiro na Marinha Grande.
Na década de 60 alojou-se nas academias universitárias o "vírus" da reforma e da democratização do ensino. Foi o rastilho da contestação ao sistema e ao regime que também contagiou a autora.
Simultaneamente, o Partido Comunista Português não dava tréguas à luta pela queda do aparelho repressivo constituído e organizava o seu trabalho de resistência, abrindo os olhos ao povo resignado, concertando acções de combate político com intercâmbio de informação entre camaradas clandestinos no território nacional e exilados no estrangeiro. Militantes e adeptos doutras ideologias democráticas seguiam-lhe o exemplo.
À medida que a revolta alastrava, a repressão crescia em espiral, até que o descontentamento instalou-se no seio das Forças Armadas pela mão dos jovens capitães milicianos.
Depois de uma tentativa gorada em 16 de Março de 1974, a partir do Regimento de Infantaria das Calcas da Rainha, o Movimento das Forças Armadas (MFA) conseguiu, finalmente, na madrugada de 25 de Abril, apanhar em gorro e ceroulas os administradores dos pontos nevrálgicos do Poder. A Revolução dos Cravos triunfava sobre a reacção dos tiranetes.
A Liberdade enxurrava nas ruas de Lisboa, fazia eco nas montanhas, varria as planícies e viajava nas asas das gaivotas até às grades das celas de Caxias e Peniche!
Um romance histórico. Um livro para memória futura. Parabéns, Alda Fernandes.
Prates Miguel

A Força da Luta pela Liberdade
ALDA MARIA FERNANDES
Folheto Edições
336 pp.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Francisco Martins da Silva

Francisco Martins da Silva
Mar de Nuvens
Por ares pouco navegados da Lusofonia

O segundo romance publicado por Francisco Martins da Silva – Mar de Nuvens – é um retrato implacável sobre a democracia formal, abrindo a porta, de par em par, ao sonho de novas ideias para sair da crise.

NOTA DO AUTOR O Novo Acordo Ortográfico terá imperfeições nalguns aspetos e uma lógica questionável noutros, sendo desejável o seu aperfeiçoamento. Mas o seu propósito de instituir uma ortografia oficial única da Língua Portuguesa, promovendo a unificação ortográfica do português de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné‑Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor‑Leste, não esquecendo Goa e Macau, é louvável e estimável. A amizade entre estes povos perdura inabalável. Todos os esforços para agilizar a sua comunicação serão poucos. Sendo o tema de fundo deste romance a Lusofonia, o uso do Novo Acordo Ortográfico foi uma opção natural.

FRANCISCO MARTINS DA SILVA nasceu em Mourilhe-Mangualde, em 1959. Em criança foi levado para Angola, donde regressou em 1975. Fez-se arquiteto e professor.
 Em 2011, publicou o primeiro romance – "Kifofo Hombo - Cabra Cega" (Edições Colibri) – que tem a Guerra Colonial como pano de fundo.

Mar de Nuvens
FRANCISCO MARTINS DA SILVA
Rui Costa Pinto Edições
236 pp

Ver Gazeta das Caldas
http://www.gazetacaldas.com/38076/a-descolonizacao-e-a-lusofonia-como-pano-de-fundo-do-romance-mar-de-nuvens

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Elzio Luz leal

Elzio Luz Leal
Tentação

Elzio Luz Leal é um escritor brasileiro, residente na cidade do Rio de Janeiro.
Tem participado em vários movimentos culturais naquela cidade e um pouco por todo o Brasil, frequentando o Centro de Literatura do Forte Copacabana, do Exército, do Clube Naval, do Museu Conde de Linhares.
Diversas vezes agraciado com medalhas e diplomas pelas suas iniciativas culturais tendo sido a Revelação Literária do Ano de 2013 pela Rádio Band, AM 1630.
Autor de dois livros de poesias: «Eu poeta 2008» e «Intimidades». O primeiro com a edição esgotada.
É ainda autor de dois romances e está trabalhando em um terceiro.
Elzio Luz Leal é Diretor de Divulgação da Academia Pan Americana de Artes e Letras (APALA), Diretor da Academia Brasileira de Letras e Artes Pela Paz, académico da Divine Academie des Arts, Lettres et Culture, de Paris, que divulga as artes brasileiras na Europa e participante da Confraria de Artes pela Paz (CAPPAZ).

Tentação
Recentemente Elzio Luz Leal deu a conhecer em Portugal o seu novo romance, «Tentação», que foi editado pela Chiado Editora.
Luiz Gilberto de Barros (Luiz Poeta), Professor de Línguas e Literaturas Brasileira e Portuguesa e Presidente da Academia Pan-Americana de Letras e Artes, autor do prefácio de «Tentação» descreve este livro como «expressivo romance, cujo conteúdo resgata importantes momentos históricos, e ao mesmo tempo revive e recria personagens necessários a uma trama marcada pela sedução do começo ao fim... envolver-me em cada uma das ações, imagens e no próprio desenvolvimento de um belíssimo romance que, embora nos traga um conteúdo basicamente histórico, indubitavelmente resgata o prazer de ler, embevecer-se, viver e até de nos tornarmos parte virtual de um enredo que prima pelo embevecimento a cada capítulo percorrido.
...Desde importantes e sérias reuniões abolicionistas, a agradáveis saraus bem típicos da época ainda colonial, ou a bucólicas passionalidades desenhadas por furtivos e envolventes encontros amorosos na casa grande, nos casarões da cidade e nas beiras de rio, bosques e matas, o enredo delineia-se no balanço das ideias, da pena e da sensibilidade «elziana», ganhando consistente humanidade, verdade e lirismo em cada uma das envolventes ações que o conduzemClaro que esses encontros às escondidas – e que tanto seduzirão o leitor... Era um tempo em que o preconceito grassava no seu sentido mais sórdido e os que entendessem o negro como à sua semelhança, eram severamente criticados e mesmo atacados pelas classes sociais privilegiadas social e economicamente.
Ler esta obra é tornar-se parte dela, é ser um anónimo porém imprescindível viajante nas repetidas idas e vindas de Minas Gerais rumo ao Rio de Janeiro, num complicado itinerário percorrido pelas carroças, mulas, cavalos e burros, através de uma vagarosa, difícil e árdua caminhada por trechos de mata».

«Tentação»
ELZIO LUZ LEAL 
Chiado Editora

Renata de Aragão Lopes

Renata de Aragão Lopes
doce de lira poesia à mesa

«doce de lira poesia à mesa» é o primeiro livro de Renata de Aragão Lopes, publicado em 2013, com o incentivo da Lei Murilo Mendes, edição 2012, Brasil.
A obra convida os leitores a fazerem da poesia um hábito diário, tão corriqueiro e universal quanto sentar-se à mesa para alimentar-se.
Poesia é, afinal, sobremesa: como não se lambuzar?
O livro é prefaciado pela escritora, cantora e actriz Elisa Lucinda.


RENATA DE ARAGÃO LOPES
Mineira de Juiz de Fora, nasceu em 14 de fevereiro de 1976. Bacharela em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Especialista em Direito Público pela Universidade Anhanguera, é servidora pública federal há mais de 15 anos. Escreve desde menina. Sempre foi mais da poesia que da prosa. Selecionada em concursos literários promovidos no Brasil e no exterior, possui publicações em diversas antologias. Integra Maria Clara: universos femininos, obra literária organizada por Hercília Fernandes, que reuniu 12 poetisas de todo o país, pela LivroPronto Editora. Em 11 de abril de 2009, inaugurou o blog de poesia Doce de lira, que logo alcançou um expressivo número de acessos e seguidores. Desde então, é conhecida como a Confeiteira. Nas horas vagas, encantada pelas artes cênicas, dedica-se à maquiagem de caracterização, ao teatro e ao cinema.
Oficina "Somos todos poetas: a vida como inspiração", ministrada por Renata de Aragão Lopes, a partir da produção literária de Elisa Lucinda, no projeto Sesc Literatura 2014, desenvolvido em Juiz de Fora/MG.

doce de lira poesia à mesa
RENATA DE ARAGÃO LOPES
Funalfa
120 pp.

David Loftus

David Loftus
A Volta ao Mundo em 80 Pratos

«A Volta ao Mundo em 80 Pratos tem receitas de fazer crescer água na boca da autoria de chefs internacionais e autores de livros de culinária, incluindo Jamie Oliver, Nigella Lawson, Gennaro Contaldo, Heston Blumenthal e Atul Kochhar. Seguindo os passos de Phileas Fogg na sua volta ao mundo, passa pela Europa, o Médio Oriente, a Ásia e a América e reúne um verdadeiro tesouro de sabores dos quatro cantos do mundo.
Esta excelente compilação, com fotografias de grande beleza, é ideal para amantes de viagens e de comida, permitindo-lhe escolher o seu destino e saboreá-lo.»

A Volta ao Mundo emm 80 Pratos
David Loftus
Civilização Editora
288 pp.

Paulo José Costa, Susana Heleno e Carla Pinhal

Paulo José Costa, Susana Heleno e Carla Pinhal
Juntos no Desafio, Guia para a promoção
de competências parentais

Pais, amigos e profissionais encheram o auditório do Hospital de Santo André (HSA) para assistir à apresentação do projecto “Juntos no Desafio – Guia para a promoção de competências parentais”, um manual para pais de crianças hiperactivas e com problemas de comportamento, dos psicólogos leirienses Paulo José Costa, Susana Heleno e Carla Pinhal. O evento teve lugar na tarde do passado sábado, dia 4 de Dezembro, e contou com a presença de várias individualidades da região.

Arlete Crisóstomo, especialista em Pediatria do Desenvolvimento, fez a apresentação do projecto e dos autores, e salientou a urgência deste manual para lidar com problemas que afectam 10% das crianças e adolescentes em Portugal. A pediatra deu o seu testemunho emocionado, numa altura em que se afasta das suas funções no HSA, e falou ainda da importância de um trabalho como este para ajudar os pais que, por vezes com mais do que um filho com este problema, se vêem incapazes de agir e sem soluções.
O manual, referem os autores, «pretende ser uma fonte de informação e um manual de auto-ajuda a ser utilizado por pais de crianças e adolescentes com diagnóstico de Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA) ou outras Perturbações de Comportamento, ou que simplesmente que revelem alterações de comportamento que constituam uma dificuldade», como a Perturbação de Oposição e Desafio (POD).
«A abordagem que propomos é apoiada na literatura produzida internacionalmente, que sustenta que uma das terapias empiricamente validada e considerada como mais eficiente no tratamento destas perturbações, é o Treino de Competências Parentais», refere Paulo Costa, acrescentando que «são ideias já testadas, que simplificámos e tornámos acessíveis de forma prática a todas as pessoas que, diariamente, enfrentam estes problemas».
Na plateia estavam pais de crianças e adolescentes que são acompanhados por Paulo Costa, assim como profissionais desta área, a quem o autor deixou o desafio para testarem e avaliarem a metodologia, refutarem as suas propostas e apresentarem outras sugestões. No âmbito da plataforma online do manual (www.juntosnodesafio.com), ficou ainda a sugestão para que todos os técnicos que queiram usar esta metodologia de trabalho, acedam ao fórum e coloquem questões ou solicitem informações.
A plataforma confere ao manual um carácter dinâmico e interactivo, e lá serão disponibilizados todos os documentos utilizados no Programa “Juntos no Desafio” como recurso técnico-prático neste guia de intervenção, em formato PDF e em versão para impressão a cores, para download gratuito.
A apresentação do programa “Juntos no Desafio – Programa de Competências Parentais para Pais de Crianças com PHDA – Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção e Perturbações de Comportamento” contou ainda com as intervenções de Bilhota Xavier, director do Serviço de Pediatria do HSA, e Carlos Fernandes, representante da Editora Textiverso. Foi também durante a cerimónia de apresentação que os autores formalizaram o seu contributo a uma causa solidária, oferecendo um cheque no valor de 2.000 euros, uma percentagem da venda do manual, à Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA), representada pelo seu presidente, João Teodósio.
Durante o evento estiveram ainda em exposição 20 das 70 ilustrações do manual, da autoria da artista plástica leiriense Sílvia Patrício, desenvolvidas exclusivamente para este projecto, e cuja venda reverteu a favor do Serviço de Pediatria do Hospital de Leiria.

"Juntos no Desafio"
Paulo José Costa, Susana Heleno e Carla Pinhal
Textiverso
144 pp.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Vasco Jorge Rosa da Silva e Joaquim Neves Vicente

Vasco Jorge Rosa da Silva e Joaquim Neves Vicente
Santa Catarina da Serra
– Estudo Histórico e Documental

Integrado no Projecto da Junta de Freguesia de Santa Catarina da Serra (Leiria) de reaver, valorizar e disponibilizar ao público, em geral, e aos santacatarinenses, em particular, o máximo de memória histórica possível e o máximo de património documental existente sobre a freguesia de Santa Catarina da Serra, de modo a preservar a memória colectiva da comunidade, num tempo de profundas mudanças societais e de perniciosos esquecimentos das nossas origens, deliberou a Junta de Freguesia, no mandato de 2009-2013, sob a presidência de Joaquim Pinheiro, contactar os autores deste Estudo Histórico e Documental para dar cumprimento a tão ambicionado Projecto.

O desafio era enorme em trabalho e maior ainda em responsabilidade. O repto foi aceite de bom grado porque ambos os autores são da terra e ambos se reviram na relevância de deixar à geração actual e às gerações vindouras a narrativa dos tempos e das vidas que já lá vão e, sobretudo, reviram-se na importância de fixar documentalmente os tempos das origens e os tempos dos desenvolvimentos em quase cinco séculos de existência da comunidade de Santa Catarina da Serra. Faltava à freguesia e à paróquia uma obra que substanciasse, documentalmente, o trabalho iniciado, e bem, por Domingos Marques das Neves.
Levantando um pouco a ponta do véu para aguçar o apetite natural do leitor genuinamente interessado, dir-se-á apenas que o território de Santa Catrina da Serra nos tempos das origens era bem mais pequeno do que é hoje. Que parte lhe foi acrescentada depois, isso se dirá no corpo do texto. Santa Catarina da Serra integra hoje mais de uma vintena de aldeias. No início, eram bem menos; menos de metade, até. Perguntará o leitor quantas eram então. Perguntará mesmo quais foram as aldeias fundadoras. A resposta está bem documentada num dos primeiros capítulos. Santa Catarina da Serra foi contemplada com um privilégio real, concedido por um rei estrangeiro. Quem foi ele e que privilégio era esse, isso o leitor saberá, se tiver a paciência de o procurar no corpo do texto. A paróquia foi contemplada com privilégio especial concedido por um Papa e renovado pelo menos por duas vezes. Reproduzem-se em foto os três documentos vindos de Roma, assinados e com selo pontifício. Santa Catarina da Serra teve Confrarias ricas e apetecidas pelo Estado, cujos Estatutos foram revistos por lei do Governo liberal. Isso foi justo e legítimo? A certa altura, todos os bens móveis e imóveis da igreja paroquial e das capelas foram confiscados pelo Estado, incluídos os objectos sagrados. Perguntar-se-á por que razão e com que direito. A igreja-matriz actual teve planta de um dos mais consagrados arquitectos portugueses e por isso era muito cara a construção do templo, o que levou a muitos desentendimentos entre o povo, porque muitos preferiam outro e mais modesto projecto. Quem serenou os ânimos e levou o povo a construí-la?
Estes são apenas alguns dos muitos tópicos para aguçar a curiosidade do leitor amigo de conhecer a sua terra e as suas vicissitudes históricas.
O presente Estudo Histórico e Documental também se constituirá num desafio para encontrar resposta para outras e mais controversas perguntas. Santa Catarina da Serra foi sempre uma freguesia de matriz conservadora e católica. Teve muitos homens instruídos em letras, é verdade, mas quase só em letras sagradas e religiosas, pelo menos até meados do século XX. Isso foi bom e só bom? Em Santa Catarina da Serra, as eleições são sempre ganhas pela direita política. Terá isso alguma coisa a ver com a matriz católica? Em Santa Catarina da Serra há muitas ruas com toponímia de santos e de padres, mas não há nenhuma Rua da República, nenhuma Rua 25 de Abril, nenhuma Rua António José de Almeida ou equiparadas. Será só por acaso?
Com a deliberação da Junta de Freguesia, tomada em tão boa hora, e com o trabalho paciente e empenhado dos autores, quis-se dar sequência a um trabalho de memória à altura do passado honroso da freguesia, não tanto para o guardar bem conservado mas, sobretudo, para lhe dar hospitalidade no coração das gerações presentes, num tempo que vive na voragem do sempre novo, pondo em perigo as referências históricas identitárias.
Votar ao esquecimento a vida e a obra, os sentimentos e os valores dos que nos antecederam seria privá-los do direito de continuarem a conviver familiarmente connosco. Recuperá-los e dar-lhes futuro na nossa memória e nas nossas práticas será, ao invés, prolongar-lhes essa mesma vida e obra, sentimentos e valores num gesto bonito de acolhimento agradecido. Recordar os que nos antecederam no nosso torrão natal e sondar de forma compreensiva as promessas de futuro que neles moravam é trazê-los de novo ao quente convívio humano e à existência imorredoura. Interpretar e adaptar aos novos tempos os sentimentos respeitáveis que tinham perante a vida e a morte; auscultar e traduzir em linguagem renovada a moral que os guiava, a esperança que os sustentava ou a fé que os animava representa seguramente o contributo mais valioso para que, descobrindo o passado, se preserve o futuro da precariedade da vida e do vazio de sentido.
Fazer justiça à memória dos nossos avós, bisavós… implica dar hospitalidade às sábias mensagens que nos legaram e aos prudentes conselhos que nos deram. Reter e conservar-lhes as habitações, os utensílios e os demais haveres de nada nos preserva o futuro se não lhes escutarmos o sentido e o espírito com que os produziram e os adquiriram. Um trabalho de investigação histórica feito por dever de memória há-de ser também e sempre um trabalho de hermenêutica do sentido, dos afectos e dos valores.
Oxalá, este Estudo Histórico e Documental, agora vindo à luz, permita às gerações presentes e às vindouras, mediante um contacto atento e crítico com o passado, rasgar horizontes de sentido e de valores para o presente imediato e o futuro próximo.
Nesta nota de abertura tem de caber também uma palavra de agradecimento por parte dos autores para com todos e todas quantos, para além dos promotores da obra, tornaram possível o trabalho de investigação documental. Os autores agradecem o acolhimento e o apoio dos diligentes funcionários do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e do Arquivo Distrital de Leiria. Agradecem o acolhimento personalizado do Dr. Nuno Mourato, Bibliotecário-Arquivista da Fundação da Casa de Bragança, de Vila Viçosa, e as digitalizações que nos fez chegar. Agradecem muito sensibilizados o estímulo pessoal e o apoio documental proporcionados pelo Rev. Dr. Luciano Coelho Cristino - o maior especialista da história da Diocese de Leiria. Ao Rev. Padre Mário Verdasca agradece-se a consulta e recolha documental feita no Cartório Paroquial. Ao Sr. Pedro Oliveira, da Pinheiria, sua esposa e sua filha Conceição agradece-se a disponibilização de tantas memórias fotográficas. À Catarina Oliveira Neves agradece-se a leitura atenta e avisada dos textos e documentos da versão preliminar e das provas tipográficas.

Joaquim Neves Vicente

VASCO JORGE ROSA DA SILVA nasceu na freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, a 6 de Janeiro de 1979. 
Frequentou o 1.º Ciclo na Escola Primária de Magueigia, tendo transitado, em 1989, para o Colégio de São Miguel, onde estudou até 1997. Em seguida ingressou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde cursou História, tendo terminado, em 2001, com a média de 16. Depois de concluir o estágio profissional na Escola Básica EB 2/3 Martim de Freitas, em Coimbra, em 2002, com 16 valores, foi convidado, como paleógrafo, para colaborar no projecto "Portugaliæ Monumenta Misericordiarum", da Universidade Católica Portuguesa e da União das Misericórdias (2003-11). Em Julho de 2010, iniciou, como técnico superior, a função de arquivista na Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, SGPCM, em Lisboa. Foi avaliado com 19 valores. 
Dos 400 títulos que publicou é de destacar: "Vivência da Guerra no Outono da Idade Média", do vol. 5, da "Nova História Militar de Portugal", do Círculo de Leitores, em co-autoria com o Doutor João Gouveia Monteiro (2003); "Leiria: na Rota do Património", Mem-Martins, Ferraz & Azevedo, Lda. (2004); "Prisioneiros de Guerra no Portugal da Idade Média", Porto, Edições Ecopy, (2007); "História da Astronomia Medieval Portuguesa", Porto, Edições Ecopy (2008); "A Beira no contexto das Invasões Francesas: 1807-11", Porto, Edições Ecopy (2010); "Loureira 1610-2010 - Estudo Histórico e Documental" (2010), com a colaboração do Doutor Joaquim das Neves Vicente; e "Valle do Summo: 1610-2010". Publicou inúmeros artigos em revistas científicas e culturais especializadas. Colaborador com Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência, no site do Instituto de Camões. Responsável pela leitura e transcrição das Memórias Paroquiais de Ourém (2012) e Alcanena (2013). Colaborador, desde 2007, do Centro de História da Sociedade e da Cultura, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

JOAQUIM NEVES VICENTE natural de Loureira, freguesia de Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria. Habilitações académicas: licenciatura em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - FLUC (1979); mestrado em Filosofia Contemporânea na FLUC (1991) e doutoramento em Filosofia da Educação na FLUC (2008). 
Experiência profissional: professor do ensino básico (1976-1979); professor do ensino secundário (1979-1990); assistente e professor universitário da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (1990-2012); professor da E. S. Domingos Sequeira (2011-2013).
 Outras actividades: professor na Escola de Enfermagem de Leiria, professor no ISLA de Leiria, professor na Escola Superior de Educação de Torres Novas, professor na Universidade Católica; colaborador do Ministério da Educação; coautor dos actuais programas de Filosofia do ensino secundário; e investigador da Fundação para a Ciência e Tecnologia (Unidade I&D LIF - FLUC). Publicações: autor de vários manuais escolares de Filosofia (Porto Editora): Do Vivido ao Pensado (10.º e 11.º anos) e Razão e Diálogo (10. e 11.º anos); autor de múltiplos artigos em revistas científicas e actas de congressos nas áreas de filosofia, educação, formação de professores e ensino da filosofia. Tese de doutoramento: Educação, Retórica e Filosofia. Subsídios para uma Filosofia da Educação Escolar, Coimbra, FLUC, 2008.

Antologia de Poetas Lusófonos

Leiria foi capital da Poesia
Duas centenas na apresentação
da VI Antologia de Poetas Lusófonos

O Museu da Imagem em Movimento (m|i|mo), em Leiria, recebeu a sessão de apresentação da VI Antologia de Poetas Lusófonos perante cerca de 200 pessoas que se deslocaram de Bragança ao Algarve e algumas vindas do estrangeiro, concretamente Canadá, Brasil, Espanha e França.
Esta sexta antologia contou com a participação de 119 poetas, oriundos de 14 países. No conto geral as seis antologias editadas, pela editora leiriense Folheto Edições, desde 2007, compreendem mais de 300 poetas de 24 países de todos os continentes, totalizando 2400 poemas em pais de 2600 páginas.
Este é um projecto que enche de orgulho o seu coordenador, Adélio Amaro, que salientou o facto de ser uma iniciativa que «ano após ano tem chegado a muitos lugares do mundo sendo, desta forma, possível ajudar a divulgar a Poesia e os poetas lusófonos».
Adélio Amaro sublinhou que este projecto «só foi e é possível graças aos elementos da editora e principalmente a todos os poetas participantes», acrescentando que as seis antologias já foram apresentadas em várias localidade de Portugal, assim como Brasil, França, Suíça, Espanha, Canadá e EUA.
Desde a primeira edição que este projecto lusófono, com raízes em Leiria, tem recebido mensagens de congratulação de diversas entidades a nível mundial, desde Embaixadas, Consolados, Ministérios e Municípios representantes dos oito países lusófonos, com destaque para o ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, a Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves e o Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva.
Além da apresentação em Leiria estão já agendas outras sessões em várias vilas e cidades do país e estão a ser delineadas apresentações na Suíça e França.
A sessão do passado dia 20 contou com dois momentos de poesia e música da responsabilidade de alguns dos poetas participantes e com a actuação dos músicos Nuno Brito e Marco Sousa.
Na mesa usaram da palavra o coordenador deste projecto, Adélio Amaro, assim como Arménio Vasconcelos, presidente da Academia de Letras e Artes Lusófonas, Carlos Cardoso Luís, vice-presidente da Associação Portuguesa de Poetas e Piquifimpondo Mpuló, poeta guineense em representação de todos os outros.




Graça Jacinto

Segundo romance de Graça Jacinto
O Apanhador de Sonhos

Depois de “Laços fortes e decisões difíceis”, que aborda temas como as viagens pelo mundo e pelo autismo, “O apanhador de sonhos” é o segundo romance da autora Graça Jacinto, que foi publicado em março de 2014 pela Folheto Edições.
Este romance conta a história de dois jovens que se conhecem, tal com tantos outros, através de uma rede social da internet. Acabam por descobrir que a sua relação não é convencional, e, desafiando a linha do tempo, compreendem que não estão afastados no espaço mas sim no tempo. Mas o romance não se limita a uma relação amorosa iniciada nas redes sociais, ele aborda também temas diversos, tais como a civilização do consumo e do progresso versus um modelo de sociedade mais próximo da natureza, representada pelos índios da América do Norte; a religião católica e os seus dogmas versus crenças panteísticas como a de “Wakan Tanka”, o “Grande Espírito” índio, ou os fundamentos do yoga (os Yama e os Niyama); a abordagem de problemas sociais como as dependências (do álcool, da droga ou do jogo) e, fundamentalmente, o papel da família no equilíbrio emocional de cada uma das personagens que constroem o romance, e que nos levam a viajar pelos sonhos, com a presença constante do apanhador de sonhos (“dream catcher”), pequeno objeto que faz parte da mitologia índia, mas cuja simbologia acaba por ter um papel preponderante na história do romance.
“O apanhador de sonhos” é um romance cujos encontros e desencontros e temas atuais levam a uma leitura que prende o leitor desde o início.

 Excerto de “O apanhador de sonhos”
“– …os índios têm um profundo respeito pela natureza, que inclui animais e plantas, e
pelo ser humano. Acaba por ir de encontro aos princípios que falamos e que, de resto, estão presentes em todas as religiões. O problema é sempre o mesmo: as pessoas conseguirem respeitá-los.
Foi por isso que deixaste de acreditar na religião?
– Sim, entre outras razões. Sabes que se todos os seres humanos cumprissem estes princípios, viveríamos muito melhor e seriamos muito mais felizes.
Sim, tens razão. Se todos cumprissem estes princípios, o mundo seria muito melhor.
– E tu, pelos vistos, continuas a acreditar na religião. Nunca te sentes tentada a abandoná-la?
Não. Tenho uma fé em Deus que, pelo menos até agora, tem sido inabalável. E na religião, como em tudo na vida, há pessoas boas e pessoas más e eu acredito profundamente nas pessoas boas e tento fazer parte integrante do mundo delas.
– E sentes-te bem assim?
Sim, sinto-me em paz e gosto de cumprir os rituais da igreja, fazem-me sentir muito bem espiritualmente. Já sei que esta conversa não serve para ti, porque não acreditas em nada disto, certo?
– Certo. Lamento, mas assim penso.
E porquê?
– A ganância dos homens leva-os a não conseguirem cumprir nenhum destes princípios e o mais grave é que, na maioria das vezes, agem em nome de Deus, ou pelo menos de um deus que eles próprios criaram e que pressupõem ser o Deus verdadeiro, aquele por quem todos rezam. Foi sempre assim ao longo da história e esta foi a principal razão que me levou a deixar de acreditar na religião.
Afinal, não acreditas nas religiões ou em Deus?
– Se Deus existisse realmente, deixaria os homens andarem nestas lutas constantes, deixaria haver tanta gente a sofrer, deixaria que eu ficasse sem pai tão cedo e passasse por tudo o que passei?
Não te deves lamentar pela vida que tiveste e não deves culpar Deus por todo o mal que te aconteceu nem por todo o mal que existe no mundo, André. Pensa bem, Deus deu liberdade aos homens e eles deveriam usá-la da melhor forma possível, mas não usam.
– Pois, realmente não concordo contigo nem acredito nisso.
E eu tenho muita pena porque nos regemos por princípios idênticos e poderíamos entender-nos bem…
– Ora essa, nós entendemo-nos bem de certeza absoluta. Entendermo-nos nada tem a ver com religião, mas sim com nós próprios e com os nossos princípios.” (pág.167)


Graça Jacinto nasceu em 1965 na aldeia de Chão da Parada, situada na freguesia de Tornada, no concelho de Caldas da Rainha, a poucos quilómetros do mar. Tirou o curso do Magistério Primário, licenciou-se depois em Estudos Portugueses e Ingleses e, mais tarde, especializou-se em Educação Especial nos Domínios Cognitivo e Motor. Está integrada no ensino há mais de um quarto de século, profissão que a levou, ao longo dos anos, a fazer as malas e a percorrer vários pontos de norte a sul do país. Desenvolve atualmente a sua atividade profissional como docente de Educação Especial no Agrupamento de Escolas Domingos Sequeira, em Leiria, com um grupo de jovens adolescentes com autismo. A leitura, a escrita, as viagens, dança e o yoga estão entre as atividades de eleição para ocupar os seus tempos livres.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

B. Clérigo, L. Albano e P. Cardoso

B. Clérigo, L. Albano e P. Cardoso
Rota do Peregrino de Fátima

«Rota do Peregrino de Fátima é um guia indispensável com as principais rotas e subrotas que levam os peregrinos a Fátima. Através de 38 mapas originais, são recomendados 1000 locais de apoio onde poderá comer, dormir, fazer as suas compras ou simplesmente descansar. Ao longo dos vários locais de passagem existe um imenso património histórico-cultural e gastronómico, o qual é ilustrado com mais de 200 fotografias acompanhadas de informações relevantes na rubrica Sabia que. Com uma forte componente religiosa, também encontrará ao longo deste guia 44 mensagens espirituais, 12 orações, a canção do peregrino e a mensagem do Papa Bento XVI aos peregrinos.»
O QUE ENCONTRAR NESTE GUIA: Histórias das Aparições; Cronologia de Fátima - Datas principais; Os Videntes de Fátima e o Segredo de Fátima Voz do Peregrino - Testemunhos; Projeto Rota do Peregrino; Rotas com mapas, locais de apoio e informações: Rota Verde: Aveiro-Fátima, Rota Azul: Viana do Castelo-Fátima, Rota Vermelha: Lisboa-Fátima, Rota Lilás: Bragança-Fátima, Rota Laranja: Castelo Branco-Fátima, Chegada à Fátima. E porque este guia é uma verdadeiro companheiro de viagem, nele poderá encontrar ainda: Espaço para personalização do guia; Orações; Mensagem do Papa Bento XVI aos peregrinos; Canção do peregrino; Mensagens espirituais; Notas e Memórias para anotações pessoais; Passaporte para recolha de carimbos nos locais de passagem; Dicas úteis com conselhos práticos; Curiosidades de caráter geral e passatempos sobre Fátima.»

ROTA DO PEREGRINO
«O projeto Rota do Peregrino teve origem na observação e consequente preocupação, pela inexistência de um suporte organizado e contínuo de informação agregada dos diversos caminhos para Fátima. Esta notória lacuna ao nível da informação determinou a necessidade premente de um projeto integrado de conteúdos disponibilizados em suporte digital (Web e Mobile) e em suporte em papel, ambos intitulados Rota do Peregrino. Os dois tipos de suportes contêm informação pormenorizada, rigorosa e extremamente acessível sobre os principais caminhos utilizados por todos aqueles que, motivados pela fé ou imbuídos pela curiosidade em conhecer tão único destino, os percorrem. Este projeto pretende, pois, afirmar-se como um apoio imprescindível a todos aqueles que efetuam peregrinações ou visitas turísticas a Fátima.

Rota do Peregrino de Fátima
BRUNO CLÉRIGO, LUÍS ALBANO e PEDRO CARDOSO
Pactor
200 pp.

Mário Fernandes

Mário Fernandes
Corsários do Islão no Atlântico Norte

«Entre os séculos XVI e XVIII, os corsários de Argel, Tunis e Salé, apresaram mais de um milhar de navios, de todas as nacionalidades, no Atlântico Norte e lançaram o pânico entre as comunidades ribeirinhas de Portugal continental e dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, onde fizeram muitas centenas de cativos, que depois vendiam nos mercados de escravos daquelas cidades.
Os habitantes dessas comunidades chamavam às embarcações desses corsários, navios de mouros ou navios de turcos, em consequência das bandeiras que arvoravam: a bandeira verde do Crescente Fértil ou a do Império Otomano.
Mas quem eram afinal os tripulantes desses navios, cujas práticas predatórias deixaram marcas na memória Colectiva dos portugueses, que ainda hoje persistem em frases como anda mouro na costa ou bei diabo, esta mais comum nas ilhas dos Açores?...»

Corsários do Islão no Atlântico Norte (1580-1700)
MÁRIO FERNANDES
Chiado Editora
510 pp.

José Manuel Garcia

José Manuel Garcia
D. João II e os Rumos da Expansão – 1469-1495

«D. João II e os Rumos da Expansão – 1469-1495» de José Manuel Garcia é o segundo volume da coleção «O mundo dos Descobrimentos Portugueses», num total de oito obras.
«Depois da morte do infante D. Henrique os Descobrimentos pararam e só foram retomados depois de em 1469 D. Afonso V ter feito um contrato com Fernão Gomes através do qual este ficou obrigado a mandar descobrir 100 léguas de costa todos os anos, o que foi cumprido, tendo-se até 1474 passado a conhecer o golfo da Guiné.
Em 1474, o príncipe D. João, futuro D. João II, foi encarregado de retomar os Descobrimentos tendo em vista alcançar as Índias, colocando-se-lhe então duas alternativas; prosseguir a exploração do litoral africano ou avançar para ocidente.»

D. João II e os Rumos da Expansão – 1469-1495
JOSÉ MANUEL GARCIA
Quidnovi
128 pp.

Olga Amorim

Olga Amorim
O sopro de agosto

O livro de poesia «O sopro de agosto» da poeta brasileira Olga Amorim «reúne uma série de haikais que mostram uma escritora segura em seu ofício. Cumpre bem as exigências que esse gênero exige. Passagens de enlevo como É tempo de amora. / Dentre a rama reclinada / O sabor da infância. Antonio Bivar já dissera que Olga Amorim é uma poeta brasileiríssima e Hugo Pontes diz que seus poemas primam pela qualidade e segurança com que manuseia a palavra e a imagem; e altera razão e sentimento com relação ao conteúdo.»

O sopro de agosto
OLGA AMORIM
52 pp.

Sarah de Oliveira Passarella

Sarah de Oliveira Passarella
Peregrina do Uni-Versos

«Peregrina do Uni-Versos» é o novo livro de poesia da brasileira SARAH DE OLIVEIRA PASSARELLA, natural de Limeira. Passou em Americana, onde viveu a infância e adolescência, chegando depois a Campinas onde esteve seis anos no Conservatório Musical. Faz parte do Clube dos Poetas, do Centro de Poesia e Artes de Campinas e da Casa do Poeta de Campinas que actualmente preside. Poeta de grande sensibilidade, e também prosadora, este seu livro é o reflexo do seu trabalho como escritora, tendo recebido várias vezes premiada, mesmo fora do Brasil.

Peregrina do Uni-Versos
SARAH DE OLIVEIRA PASSARELLA
104 pp.

Elzio Luz Leal

Elzio Luz Leal
Intimidades

«Intimidades» é o segundo livro de poesia de ELZIO LUZ LEAL. O primeiro, «Eu Poeta 2008», foi editado em 2010 e este segundo viu a luz do dia em 2012. Em «Intimidades» o autor apresenta poesias de grande lirismo, quase todas com métrica, rima e ritmo, lembrando a fase do romantismo do século passado. Todos os poemas e sonetos de Elzio Luz Leal, publicados em «Intimidades» foram primeiramente lançados no espaço digital «Recanto das Letras».

Intimidades
ELZIO LUZ LEAL
Taba Cultural
112 PP.

Euclides Cavaco

Euclides Cavaco
Terras da Nossa Terra

O livro de poesia Terras da Nossa Terra de EUCLIDES CAVACO «é como que um roteiro poético, turístico, histórico, etnográfico e cultural, numa viagem que contempla cerca de 130 Terras do nosso Portugal. A obra não tem, todavia, a pretensão de ser uma narração minuciosa de cada Terra visitada, mas tão somente familiarizar os leitores com uma panorâmica geral dos lugares aqui cantados neste roteiro imaginário, em jeito de poesia.
Contudo, este trabalho foi objeto de cuidadosa pesquisa, coordenação e análise de dados a fim de poder retratar poeticamente com a maior justiça possível os predicados mais evidentes das terras exaltadas neste livro: Terras da Nossa Terra.

EUCLIDES CAVACO é diretor da «Rádio Voz da Amizade» há mais de 30 anos, no Canadá.
Escreve e divulga poesia desde os seus anos académicos, dando peculiar relevância à poesia declamada e ao Fado. Editou diversos livros e 5 CDs de récitas e mais de 200 temas de sua autoria gravados por diversos intérpretes do fado e da canção. «Ecos da Poesia» é a sua popularíssima página na internet dedicada à poesia Lusófona, onde apresenta e divulga ao mundo a poesia e Fado que conta mais de 240 mil visitas.
«É membro de diversas e prestigiadas associações poéticas, literárias e culturais. Publica poesia em diversos jornais, revistas, páginas na internet e recita-a com veemência na rádio e em espetáculos. Pelo prestígio da sua obra e da sua transparente portugalidade e incondicional perseverança, tem sido homenageado ao longo da sua carrei
ra com múltiplas distinções honoríficas. Euclides Cavaco é um excelso português de corpo e alma, notável defensor e divulgador da Língua de Camões e das suas raízes há mais de 4 décadas e um eterno apaixonado pelo Fado. Nas suas emissões radiofónicas empresta peculiar dedicação à poesia onde a recita, exalta, difunde e a dignifica admiravelmente. As suas récitas são difundidas por muitas rádios no mundo.»

Terras da Nossa Terra
EUCLIDES CAVACO
166 pp.

Adélio Amaro


Adélio Amaro
«Algarvia Apontamentos para a sua História» 
de Adélio Amaro e apresentação
de Mota Amaral

Posteriormente ao livro publicado em 2007, «Sentir Algarvia», este «Algarvia, Apontamentos para a sua História» de ADÉLIO AMARO, é um agregado de apontamentos de alguém que vive fisicamente em Leiria e sentimentalmente pela ligação paternal em Algarvia, concelho de Nordeste, ilha de São Miguel, Açores.
É um livro que ensaia arremessar o grito da Freguesia para além dos ecos dos picos Redondo e Vara. É um manual que arrisca dar voz à História e que ambiciona espalhar, para sempre, as mensagens dos que na Freguesia habitam e alojam as suas forças ou aqueles que bem longe nunca olvidam a aldeia onde brotaram para a vida.
Contemplando estas 864 páginas permanece a ideia de que deveriam ser muitas mais, especialmente com as descrições da sua população. Cada residente, cada natural, cada emigrante é um naco na e da História da Algarvia. Segundo o autor, «muita mais informação fica guardada na esperança de um dia ser divulgar através das páginas de outro manual».
O presente livro ostenta 41 capítulos, aborda 345 temas e 631 notas de rodapé, relativos ao povo e à aldeia de Algarvia, desde o século XV até ao início do século XXI. Foi feita uma recolha exaustiva. Por isso, muita informação, documentação e fotografias não foram publicadas no presente livro. Material que ficou no espólio da Associação de Investigação e Cultura dos Açores/Leiria. Um espólio que fica por publicar e que contém todos os registos de Baptismos, Casamentos e Óbitos desde 1837, assim como muita outra informação que traça o perfil histórico desta maravilhosa Freguesia.

ADÉLIO AMARO é apaixonado pelos Açores. Comendador Grande Oficial, nasceu em 1973, em Leiria, onde reside. Entre vários cursos frequentou Design da Comunicação e História de Arte. Foi Jornalista Profissional (1996-2005) e director de vários jornais. Actualmente é director executivo do jornal Gazeta Lusófona (Suíça) e colabora na imprensa de Portugal, Suíça, França, Canadá, EUA e Brasil. Tem cerca de 4 mil trabalhos publicados em mais de 80 jornais e revistas. É sócio gerente da Folheto Edições & Design. Já participou em mais de duas dezenas de congressos e acções de formação, em outros tantos países, na Europa, Ásia e América. Com várias intervenções, palestras, prefácios e apresentações, moderou a apresentação de mais de 200 livros. Foi Deputado da Assembleia Municipal de Leiria e presidiu a várias associações, sendo fundador e presidente da Associação de Investigação e Cultura dos Açores/Leiria (Biblioteca com mais de 7 mil volumes entre outra documentação). Diversas vezes distinguido por instituições portuguesas e brasileiras. Referenciado em vários manuais, é autor de 22 livros e cadernos e coordenador da Antologia de Poetas Lusófonos (6 volumes) em mais de 20 países de todos os Continentes. Autor dos Brasões das Freguesias da Barreira (Leiria) e Algarvia (Açores). Membro de várias Associações e Academias. Está trabalhando no projecto de levantamento histórico e fotográfico de todas as freguesias do distrito de Leiria e do Arquipélago dos Açores.

Algarvia Apontamentos para a sua História
ADÉLIO AMARO
Junta de Freguesia de Algarvia
864 PP.


José Manuel Fernandes

José Manuel Fernandes
História Ilustrada da Arquitectura dos Açores

«A publicação do IAC – Instituto Açoriano de Cultura –, intitulada História Ilustrada da Arquitectura dos Açores, da autoria do arquitecto e historiador de arquitectura José Manuel Fernandes é uma obra que se insere no conjunto de publicações com que este Instituto decidiu associar-se à comemoração do 25.º aniversário da inscrição da Cidade de Angra do Heroísmo na Lista dos Bens do Património da Humanidade da UNESCO, em 1983.
Esta obra, traça uma primeira abordagem global no domínio da História da Arquitectura nos Açores e abrange todas as ilhas do arquipélago e os seus dezanove concelhos, desde os primórdios do povoamento até à actualidade, nos vários quadros religioso, militar, civil e doméstico, divididos nos seguintes capítulos:

I – Introdução: Enquadramento e contexto, Geografia e História. Dos séculos XV e XVI aos séculos XVIII e XIX. O tempo de Novecentos;

II - As cidades e demais povoações, a sua relação com o território. Evolução e valores urbano-arquitectónicos;

III - A arquitectura erudita (militar, religiosa, civil e doméstica). Manuelino e Classicismo, o “Estilo Chão”, o Neoclassicismo e o Romantismo;

IV - A Arquitectura popular, urbana e rural;

V - Os sécs. XIX e XX – Urbanismo, arquitectura, as transformações e a evolução. Do Romantismo Oitocentista ao Modernismo Novecentista;

VI - As arquitecturas, dos anos 1900 aos anos 1970: Ecletismo, Arte Nova, Art Deco, Modernismo, Português Suave, a Arquitectura Moderna dos anos 1950-60;

VII – Aproximação da Contemporaneidade: o pósmodernismo e o final do século. A transição dos séculos XX-XXI. Dimensões. Temas, obras e autores.

Neste quadro, o IAC-Instituto Açoriano de Cultura pretendeu com esta obra colmatar uma lacuna no domínio da Arquitectura nos Açores, apresentando uma ampla sistematização do tema e com ela estruturar um livro com cerca de cento e setenta páginas fortemente ilustrado, que se assumirá como a mais importante referência neste domínio e âmbito geográfico até ao momento publicada nos Açores. Esta obra, conta com o apoio de diversas Câmaras Municipais, da Direcção Regional das Comunidades, bem como da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e é co-financiada pelo INTERREG III B, no âmbito do Projecto Chronos, do qual o IAC-Instituto Açoriano de Cultura foi o Chefe de Fila.»

História Ilustrada da Arquitectura dos Açores
JOSÉ MANUEL FERNANDES
Instituto Açoriano de Cultura
168 pp.

António Maduro e Rui Rasquilho

António Maduro e Rui Rasquilho
50 coisas de escrita vária alcobacense 

«50 coisas de escrita vária alcobacense» é o sexto volume da II Série da colecção «Estremadura espaços e memórias», numa edição do Centro do Património da Estremadura (CEPAE) em parceria com a Folheto Edições, da autoria de António Maduro e Rui Rasquilho.
A efemeridade do artigo de jornal diminui sensivelmente o reguardo da memória. Assim sendo os autores resolveram armazenar num livro o que foram escrevendo sobre a região de Alcobaça no quinzenário «Alcoa», o mais antigo jornal do concelho de Alcobaça ainda em circulação.
Os artigos são sobretudo considerações sobre o edifício monástico, os coutos do seu domínio senhorial, ou de pessoas, lugares e acontecimentos salientes do tempo alcobacense. Datados e numerados os artigos são referências de uma emoção ou de uma análise que os autores tiveram perante uma figura ou acontecimento.

50 coisas de escrita vária alcobacense
ANTÓNIO MADURO e RUI RASQUILHO
CEPAE – Centro do Património Alta Estremadura
200 pp.

Paulo Ramalho

Paulo Ramalho
As Festas do Espírito Santo
na Ilha de Santa Maria 

O livro «As Festas do Espírito Santo na Ilha de Santa Maria» é uma iniciativa da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, edição do Município de Vila do Porto, ilha de Santa Maria, Açores, com texto de Paulo Ramalho.
«De modo algum este livro foi pensado para substituir outros que o antecederam na mesma temática, antes vem reunir um conjunto de informações dispersas que com o tempo caíam o risco de caírem no esquecimento.
Trata-se de um trabalho de recolha e pesquisa levado a cabo nos últimos meses pelo antropólogo Paulo Ramalho em parceria com o arquivo histórico da Foto Pepe... estão aqui registados os depoimentos daqueles que tudo fazem em Santa Maria para preservar esta tradição.»

As Festas do Espírito Santo na Ilha de Santa Maria
PAULO RAMALHO
Município de Vila do Porto
118 pp.

Afonso Zúquete

Afonso Zúquete
Homem de três culturas:
Medicina, História e Política 

AFONSO EDUARDO MARTINS ZÚQUETE nasceu na cidade do Porto, freguesia de Santo Ildefonso, a 7 de Janeiro de 1909.  Era o primeiro dos quatro filhos de Afonso Veríssimo de Azevedo Zúquete e de D. Ester Martins de Azevedo Zúquete, ambos naturais do concelho de Leiria.

Fez o curso secundário nos liceus de Rodrigues Lobo (Leiria) e Gil Vicente (Lisboa) e licenciou-se na Faculdade de Medicina de Lisboa em 1934.
Foi director da «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», do II volume em diante, tendo igualmente trabalhado no Laboratório Sanitas e no Instituto Luso-Fármaco, ambos de Lisboa.  Foi também redactor do «Jornal do Médico» e director de «O Lar do Médico»,  de 1945 até à sua extinção. Foi um dos organizadores do I Salão Médico Português (1933), secretário-geral do I Congresso das Actividades do Distrito de Leiria (1944), secretário-adjunto das Jornadas Médicas Luso-Suíças (1947) e organizador da Exposição Artístico-Bibliográfica de Autores Médicos (1947). Foi Governador Civil de Leiria, de Dezembro de 1947 até Maio de 1951 tendo, durante a sua permanência nesta cidade, promovido as reuniões médicas do Distrito de Leiria e a Exposição Distrital de Arte Sacra (1950).
Autor de numerosas publicações nas revistas citadas e também na imprensa regional do distrito, salientam-se, na sua obra, a actividade de coordenação da «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», o livro «Leiria – Subsídios para a História da sua Diocese» (1945), prefaciado por D. José Alves Correia da Silva, bispo de Leiria, a oração de encerramento do I Congresso de Actividades do Distrito de Leiria (1943), a coordenação e direcção técnica das publicações «Nobreza de Portugal» (1961), «Armorial Lusitano» (1961) e «Dicionário Geral Luso-Brasileiro da Língua Portuguesa» (cuja publicação cessou no final do 2.º volume) e ainda a direcção, coordenação e compilação da obra «Tratado de Todos os Vice-reis e Governadores da Índia» (1962). Era agraciado com o grau de oficial da Ordem de Cristo e com o grau de cavaleiro da Ordem de S. Silvestre, da Santa Sé. Faleceu em Senhora da Luz (Lagos) a 21 de Julho de 1981 e está inumado em campa rasa no Cemitério de Lagos.
Adélio Amaro

Afonso Zúquete

Afonso Zúquete
Monografia de Leiria
A Cidade e o Concelho 1950

«Monografia de Leiria - A Cidade e o Concelho 1950» é uma obra histórica sobre o concelho de Leiria, escrita nos anos 40 e 50 do século XX por Afonso Zúquete, um dos autores da «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira» (1935). Após várias tentativas para a sua edição, o autor acabou por guardar um original numa prateleira e nunca mais lhe pegou... Até que em 2003 os seus filhos, Eduardo e José, entenderam por bem editar esta obra.
Dez anos depois é publicada a segunda edição. O presente livro dá a conhecer a história de vários monumentos de Leiria e dos actuais concelhos da Batalha e Marinha Grande, com destaque para o Castelo Leiriense e as inscrições da antiga Collippo (vila romana) que se encontram em pedras que posteriormente ajudaram a erguer aquele monumento.
Esta obra é enriquecida com fotografias, gravuras e gráficos que nos dias de hoje fazem parte da memória do passado e que o presente já não deixa contemplar.

Monografia de Leiria – A Cidade e o Concelho 1950
AFONSO ZÚQUETE
Folheto Edições
232 pp.

Afonso Zúquete

Afonso Zúquete
Leiria – Subsídios para a História
da sua Diocese

SETENTA ANOS APÓS A PRIMEIRA EDIÇÃO, esgotada faz anos, foi publicada a segunda edição de «Leiria – Subsídios para a História da sua Diocese», da autoria de Afonso Zúquete (1909-1981).

A primeira edição, 1943, contou com o prólogo de D. José Alves Correia da Silva, então Bispo de Leiria, e a segunda edição apresenta um prefácio assinado pelo filho do autor, Eduardo Zúquete. É uma obra notável com diversas estampas e que está dividida em diversos capítulos sobre os «Bispos de Leiria», «As Sés», os «Conventos e Igrejas de Leiria», «Origem e Fundação do Bispado de Leiria», «As Freguesias», «Dignidades e Benefícios», «Extinção da Diocese», «Fátima» e a «Restauração da Diocese» de Leiria, actualmente Leiria-Fátima.
«Leiria - Subsídios para a História da sua Diocese» foi e ainda é uma obra de referência para todos aqueles que pretendem estudar não só a cidade de Leiria como, essencialmente, o desenvolvimento da Diocese de Leiria criada a 22 de Maio de 1545, com a bula «Pro excellenti» do Papa Paulo III (1468-1549). Este é um livro que faz parte da bibliografia de muitos livros editados nos últimos setenta anos, ao lado de «O Couseiro», outra referência histórica para Leiria.

Leiria – Subsídios para a História da sua Diocese
AFONSO ZÚQUETE
Folheto Edições
388 pp.

Adélio Amaro

Coordenação de Adélio Amaro
Afonso Zúquete na Imprensa

«Afonso Zúquete na Imprensa» é o primeiro de três volumes de apontamentos de e sobre Afonso Zúquete publicados na imprensa regional e nacional entre os anos 30 e 70 do século XX. Com a coordenação de Adélio Amaro e breve apresentação de Eduardo Zúquete, este primeiro volume destaca os artigos de Afonso Zúquete enquanto médico, homem da Cultura e curioso do mundo publicados em «O Lar do Médico» e «O Nosso Lar».
O livro tem também um capítulo com poemas Afonso Zúquete ladeados de caricaturas, publicados em «O Quinto Ano Médico» (1933-1934) da Faculdade de Medicina de Lisboa, e a transcrição de um opúsculo intitulado «Eça de Queirós, Leiria e os Médicos» (1946). Este primeiro volume de «Afonso Zúquete na Imprensa» encerra com um capítulo dedicado às «Efemérides do Distrito de Leiria», onde o autor, em 1941, publicou no recém-extinto e quase centenário semanário «O Mensageiro», as datas de maior relevância, dia-a-dia, da história do Distrito de Leiria.
Os segundo e terceiro volumes irão ser contemplados com mais artigos de Afonso Zúquete, mas com destaque sobre diversos apontamentos sobre a sua vida como médico, homem de cultura e essencialmente como Governador Civil do Distrito de Leiria.

Afonso Zúquete na Imprensa
ADÉLIO AMARO (coordenação)
Folheto Edições
280 pp.

Geneviève Rodis-Lewis

Geneviève Rodis-Lewis
Descartes – A Biografia

«Descartes, entre outros privilégios, teve o de suscitar paixões e lendas acerca da sua vida. E os biógrafos, desde muito cedo, contaram a vida deste filósofo e sábio que dizia: «eu avanço mascarado». Contudo, foi há mais de três séculos que o seu último biógrafo, Adrien Baillet, publicou uma Vida de Descartes (1691). Uma biografia que é, ainda hoje, uma referência. Só a professora honorária da Sorbonne, Geneviève RodisLewis, a quem os trabalhos sobre Descartes deram o Grande Prémio da Academia Francesa, poderia retomar Baillet.
O conhecimento exaustivo dos textos e das fontes que Geneviève possui, permitiu-lhe não só integrar no seu respectivo lugar documentos descobertos recentemente mas, igualmente, produzir inéditos. É uma análise inteiramente renovada que se exerce sobre Descartes, as circunstâncias do seu nascimento e da sua formação no Colégio La Flèche, os famosos «macacos» de 1619 e o período da crise fecunda de que estes são o centro, a amizade com Marsenne, a «querela do ateísmo» e a metafísica de 1629, as polémicas com os teólogos calvinistas da Holanda, o seu encontro com Elizabeth da Boémia e com a rainha Cristina da Suécia, e a sua morte em Estocolmo. Todas as informações e precisões que alteram
sensivelmente o nosso conhecimento da complexa arquitectura do Discurso e das Meditações Metafísicas. E lê-se como um grande romance.»
Descartes – A Biografia
GENEVIÈVE RODIS-LEWIS
Instituto Piaget
348 pp.