AICAL

AICALivros é uma revista on line da Associação de Investigação e Cultura dos Açores / Leiria – AICAL – que nasceu em 2008 com o objectivo de promover a Cultura e a História
dos Açores e do Distrito de Leiria. Está a constituir uma Biblioteca, com 7200 duzentos volumes e milhares de outros elementos. Com esta página a AICAL pretende essencialmente
promover aqueles que parecem esquecidos – LIVROS e ESCRITORES. Os interessados em divulgar os seus livros nesta página devem contactar aicalivros@gmail.com

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Gustavo Sampaio

Gustavo Sampaio
Os Privilegiados

Sinopse
Dos 230 deputados à Assembleia da República, 117 estão em regime de part-time, acumulando as funções parlamentares com outras atividades profissionais no setor privado. Advogados, juristas, médicos, engenheiros, consultores, empresários, etc. Em diversos casos, prestando serviços remunerados a empresas que operam em setores de atividade fiscalizados por comissões parlamentares que os mesmos deputados integram. Ao que se acrescem as ligações a empresas (cargos de administração, participações acionistas, serviços de consultoria, etc.) que beneficiam de iniciativas legislativas, subsídios públicos ou contratos adjudicados por entidades públicas visando a execução de obras, o fornecimento de produtos ou a prestação de serviços. Conflitos de interesses? Dezenas de exemplos concretos são apresentados nas páginas deste livro. Dos corredores do poder político para as salas de reunião dos conselhos de administração, e demais órgãos sociais, das maiores empresas portuguesas, com ou sem período de nojo. Um fluxo recorrente entre cargos públicos e privados. Das 20 empresas cotadas no índice PSI 20, por exemplo, 16 contam com ex-políticos em cargos de administração. Por vezes são ex-governantes que decidiram sobre matérias que implicam as empresas para as quais vão depois trabalhar, ou até administrar. Sabia que as subvenções vitalícias dos políticos foram criadas numa altura em que Portugal estava sob assistência financeira do FMI? Que foram alvo de um veto presidencial? Que duplicam de valor quando o beneficiário alcança os 60 anos de idade? Que apesar de terem sido revogadas há 8 anos, o número de beneficiários continua a aumentar? Que a identidade dos beneficiários passou a ser secreta? Ou que há políticos que a requereram com idade inferior a 50 anos? Pedro Passos Coelho prometeu que iria fazer nomeações com base no mérito e não nas ligações partidárias. Apesar da maior transparência, as 142 nomeações com ligações partidárias para altos cargos dirigentes na Administração Pública, identificadas neste livro, demonstram que os boys continuam a ser favorecidos. O jornalista Gustavo Sampaio traz-nos um livro revelador, onde depois de uma exaustiva e rigorosa pesquisa, apresenta-nos as zonas cinzentas entre o interesse público e privado, e faz as ligações que nos permitem perceber como políticas e ex-políticos gerem interesses, movem influências e beneficiam de direitos adquiridos.

Gustavo Sampaio (Coimbra, 1982) é licenciado em Jornalismo (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), pós-graduado em Direitos Humanos (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra) e mestrando em Ciência Política e Relações Internacionais (Universidade Católica Portuguesa). Foi locutor e realizador de programas na Rádio Universidade de Coimbra. Trabalhou nas redacções do jornal O Independente e da revista Sábado. É jornalista freelancer, com artigos publicados em diversos órgãos de comunicação social: Público, Exame, Bodyspace, Umbigo, entre outros. É autor do livro Os Privilegiados (A Esfera dos Livros, 2013), em 8.ª edição.

Os Privilegiados
GUSTAVO SAMPAIO
A Esfera dos Livros
248 pp.

Júlia Guarda Ribeiro

Júlia Guarda Ribeiro
Contos temperados

A autora dedica aos seus netos e aos de todas as avós deste país em crise, este livro que classifica de "fugaz fagulha de graça e livre de impostos".
Júlia Guarda Ribeiro, professora, agrupou as suas narrativas em cinco capítulos temáticos: Treze contos burlescos; O melhor do mundo são as crianças; Coisas de alunos; Pequenas memórias e Estórias do Camané.
Numa escrita transparente e sem floreados inúteis, a narradora propôs-se e conseguiu com mestria aliviar o estresse do leitor apresentando-lhe contos breves, alguns, meros episódios do quotidiano cinzento e outros, quase fotos instantâneas. Mas todos têm a virtualidade de desafiar uma irreprimível gargalhada, mercê do insólito, da ironia, do inesperado, da inocência, do absurdo, do veneno, que viajam pelas páginas do livro.
Um trabalho onde a grandeza das coisas simples nos toca e contagia, ora pela ternura, ora pela curiosidade, ora pela surpresa.
Prates Miguel

Contos temperados
JÚLIA GUARDA RIBEIRO
Folheto Edições
164 pp.

Alda Maria Fernandes

Alda Maria Fernandes
A Força da Luta pela Liberdade

Só por si e por de tal modo sugestivo, o título do romance já é bandeira simbólica de uma causa tão fundamental como o ar que se respira: a liberdade de pensamento e expressão.
Num enredo urdido na experiência pessoal e talhado na ficção, a autora escora-se em factos da vida real que os leitores maduros, se os não testemunharam, pelo menos deles tiveram notícia, enquanto que para os mais novos eles são uma curiosidade a confirmar pelo retrovisor do tempo.
Açoriana micaelense, Alda Maria Fernandes frequentou o liceu de Ponta Delgada e em 1967 arribou ao continente como bolseira, tendo concluído a licenciatura em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
Nessa época – e a geração coeva bem se recorda – a ditadura de inspiração fascista governava com mão de ferro um país marcado pela clamorosa assimetria social e económica, onde pequenos deuses caseiros e seus caciques sugavam o suor de um povo de brandos costumes que sofria as passas de todos os algarves.
Nos campos e nas fábricas, assalariados rurais e operários eram vítimas indefesas da gula e da rapina de latifundiários e patrões.
Na guerra colonial desencadeada em 1961 pelos Movimentos de Libertação indígenas nas então denominadas províncias ultramarinas, a nossa tropa era dizimada na flor da vida ou de lá voltava estropiada e traumatizada. Enquanto isso, Salazar e depois Marcelo Caetano recusavam uma solução política para o conflito, faziam ouvidos de mercador aos apelos da comunidade internacional e declaravam-se "orgulhosamente sós" num Portugal virtualmente soberano desde o Minho até Timor.
Devido à hemorragia da emigração "a salto" para França e Alemanha, a nação agonizava na cauda da Europa, sem oportunidades nem horizontes.
As universidades (Lisboa, Porto e Coimbra) eram inatingíveis aos filhos de camponeses e artífices e nelas era debitado da cátedra um ensino escolástico, nada pragmático nem virado para o mercado de trabalho dos futuros licenciados.
A Censura castrava a informação na imprensa, rádio e televisão, como apreendia nas livrarias obras editadas por intelectuais rebeldes.
A polícia política (PIDE/DGS) perseguia, detinha, espancava, torturava, encarcerava e matava sem dó nem piedade qualquer cidadão suspeito de oposição à política oligárquica do Estado Novo. Por seu turno a guarda nacional republicana (GNR) reprimia e desmobilizava com cavalos, balas e bastões, qualquer foco de agitação laboral, quer os alvos fossem uma ceifeira em Baleizão ou um vidraceiro na Marinha Grande.
Na década de 60 alojou-se nas academias universitárias o "vírus" da reforma e da democratização do ensino. Foi o rastilho da contestação ao sistema e ao regime que também contagiou a autora.
Simultaneamente, o Partido Comunista Português não dava tréguas à luta pela queda do aparelho repressivo constituído e organizava o seu trabalho de resistência, abrindo os olhos ao povo resignado, concertando acções de combate político com intercâmbio de informação entre camaradas clandestinos no território nacional e exilados no estrangeiro. Militantes e adeptos doutras ideologias democráticas seguiam-lhe o exemplo.
À medida que a revolta alastrava, a repressão crescia em espiral, até que o descontentamento instalou-se no seio das Forças Armadas pela mão dos jovens capitães milicianos.
Depois de uma tentativa gorada em 16 de Março de 1974, a partir do Regimento de Infantaria das Calcas da Rainha, o Movimento das Forças Armadas (MFA) conseguiu, finalmente, na madrugada de 25 de Abril, apanhar em gorro e ceroulas os administradores dos pontos nevrálgicos do Poder. A Revolução dos Cravos triunfava sobre a reacção dos tiranetes.
A Liberdade enxurrava nas ruas de Lisboa, fazia eco nas montanhas, varria as planícies e viajava nas asas das gaivotas até às grades das celas de Caxias e Peniche!
Um romance histórico. Um livro para memória futura. Parabéns, Alda Fernandes.
Prates Miguel

A Força da Luta pela Liberdade
ALDA MARIA FERNANDES
Folheto Edições
336 pp.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Francisco Martins da Silva

Francisco Martins da Silva
Mar de Nuvens
Por ares pouco navegados da Lusofonia

O segundo romance publicado por Francisco Martins da Silva – Mar de Nuvens – é um retrato implacável sobre a democracia formal, abrindo a porta, de par em par, ao sonho de novas ideias para sair da crise.

NOTA DO AUTOR O Novo Acordo Ortográfico terá imperfeições nalguns aspetos e uma lógica questionável noutros, sendo desejável o seu aperfeiçoamento. Mas o seu propósito de instituir uma ortografia oficial única da Língua Portuguesa, promovendo a unificação ortográfica do português de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné‑Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor‑Leste, não esquecendo Goa e Macau, é louvável e estimável. A amizade entre estes povos perdura inabalável. Todos os esforços para agilizar a sua comunicação serão poucos. Sendo o tema de fundo deste romance a Lusofonia, o uso do Novo Acordo Ortográfico foi uma opção natural.

FRANCISCO MARTINS DA SILVA nasceu em Mourilhe-Mangualde, em 1959. Em criança foi levado para Angola, donde regressou em 1975. Fez-se arquiteto e professor.
 Em 2011, publicou o primeiro romance – "Kifofo Hombo - Cabra Cega" (Edições Colibri) – que tem a Guerra Colonial como pano de fundo.

Mar de Nuvens
FRANCISCO MARTINS DA SILVA
Rui Costa Pinto Edições
236 pp

Ver Gazeta das Caldas
http://www.gazetacaldas.com/38076/a-descolonizacao-e-a-lusofonia-como-pano-de-fundo-do-romance-mar-de-nuvens

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Elzio Luz leal

Elzio Luz Leal
Tentação

Elzio Luz Leal é um escritor brasileiro, residente na cidade do Rio de Janeiro.
Tem participado em vários movimentos culturais naquela cidade e um pouco por todo o Brasil, frequentando o Centro de Literatura do Forte Copacabana, do Exército, do Clube Naval, do Museu Conde de Linhares.
Diversas vezes agraciado com medalhas e diplomas pelas suas iniciativas culturais tendo sido a Revelação Literária do Ano de 2013 pela Rádio Band, AM 1630.
Autor de dois livros de poesias: «Eu poeta 2008» e «Intimidades». O primeiro com a edição esgotada.
É ainda autor de dois romances e está trabalhando em um terceiro.
Elzio Luz Leal é Diretor de Divulgação da Academia Pan Americana de Artes e Letras (APALA), Diretor da Academia Brasileira de Letras e Artes Pela Paz, académico da Divine Academie des Arts, Lettres et Culture, de Paris, que divulga as artes brasileiras na Europa e participante da Confraria de Artes pela Paz (CAPPAZ).

Tentação
Recentemente Elzio Luz Leal deu a conhecer em Portugal o seu novo romance, «Tentação», que foi editado pela Chiado Editora.
Luiz Gilberto de Barros (Luiz Poeta), Professor de Línguas e Literaturas Brasileira e Portuguesa e Presidente da Academia Pan-Americana de Letras e Artes, autor do prefácio de «Tentação» descreve este livro como «expressivo romance, cujo conteúdo resgata importantes momentos históricos, e ao mesmo tempo revive e recria personagens necessários a uma trama marcada pela sedução do começo ao fim... envolver-me em cada uma das ações, imagens e no próprio desenvolvimento de um belíssimo romance que, embora nos traga um conteúdo basicamente histórico, indubitavelmente resgata o prazer de ler, embevecer-se, viver e até de nos tornarmos parte virtual de um enredo que prima pelo embevecimento a cada capítulo percorrido.
...Desde importantes e sérias reuniões abolicionistas, a agradáveis saraus bem típicos da época ainda colonial, ou a bucólicas passionalidades desenhadas por furtivos e envolventes encontros amorosos na casa grande, nos casarões da cidade e nas beiras de rio, bosques e matas, o enredo delineia-se no balanço das ideias, da pena e da sensibilidade «elziana», ganhando consistente humanidade, verdade e lirismo em cada uma das envolventes ações que o conduzemClaro que esses encontros às escondidas – e que tanto seduzirão o leitor... Era um tempo em que o preconceito grassava no seu sentido mais sórdido e os que entendessem o negro como à sua semelhança, eram severamente criticados e mesmo atacados pelas classes sociais privilegiadas social e economicamente.
Ler esta obra é tornar-se parte dela, é ser um anónimo porém imprescindível viajante nas repetidas idas e vindas de Minas Gerais rumo ao Rio de Janeiro, num complicado itinerário percorrido pelas carroças, mulas, cavalos e burros, através de uma vagarosa, difícil e árdua caminhada por trechos de mata».

«Tentação»
ELZIO LUZ LEAL 
Chiado Editora

Renata de Aragão Lopes

Renata de Aragão Lopes
doce de lira poesia à mesa

«doce de lira poesia à mesa» é o primeiro livro de Renata de Aragão Lopes, publicado em 2013, com o incentivo da Lei Murilo Mendes, edição 2012, Brasil.
A obra convida os leitores a fazerem da poesia um hábito diário, tão corriqueiro e universal quanto sentar-se à mesa para alimentar-se.
Poesia é, afinal, sobremesa: como não se lambuzar?
O livro é prefaciado pela escritora, cantora e actriz Elisa Lucinda.


RENATA DE ARAGÃO LOPES
Mineira de Juiz de Fora, nasceu em 14 de fevereiro de 1976. Bacharela em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Especialista em Direito Público pela Universidade Anhanguera, é servidora pública federal há mais de 15 anos. Escreve desde menina. Sempre foi mais da poesia que da prosa. Selecionada em concursos literários promovidos no Brasil e no exterior, possui publicações em diversas antologias. Integra Maria Clara: universos femininos, obra literária organizada por Hercília Fernandes, que reuniu 12 poetisas de todo o país, pela LivroPronto Editora. Em 11 de abril de 2009, inaugurou o blog de poesia Doce de lira, que logo alcançou um expressivo número de acessos e seguidores. Desde então, é conhecida como a Confeiteira. Nas horas vagas, encantada pelas artes cênicas, dedica-se à maquiagem de caracterização, ao teatro e ao cinema.
Oficina "Somos todos poetas: a vida como inspiração", ministrada por Renata de Aragão Lopes, a partir da produção literária de Elisa Lucinda, no projeto Sesc Literatura 2014, desenvolvido em Juiz de Fora/MG.

doce de lira poesia à mesa
RENATA DE ARAGÃO LOPES
Funalfa
120 pp.

David Loftus

David Loftus
A Volta ao Mundo em 80 Pratos

«A Volta ao Mundo em 80 Pratos tem receitas de fazer crescer água na boca da autoria de chefs internacionais e autores de livros de culinária, incluindo Jamie Oliver, Nigella Lawson, Gennaro Contaldo, Heston Blumenthal e Atul Kochhar. Seguindo os passos de Phileas Fogg na sua volta ao mundo, passa pela Europa, o Médio Oriente, a Ásia e a América e reúne um verdadeiro tesouro de sabores dos quatro cantos do mundo.
Esta excelente compilação, com fotografias de grande beleza, é ideal para amantes de viagens e de comida, permitindo-lhe escolher o seu destino e saboreá-lo.»

A Volta ao Mundo emm 80 Pratos
David Loftus
Civilização Editora
288 pp.